Terça-feira, 1 de Julho de 2008
Khalil Gibran

O amigo é a resposta aos teus desejos.

Mas não o procures para matar o tempo!

Procura-o sempre para as horas vivas.

Porque ele deve preencher a tua necessidade,

                mas não o teu vazio.

 

 



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Publicado por Clementine às 21:41
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Domingo, 29 de Junho de 2008
Fernando Pessoa

 

Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda

Brilha, porque alta vive.

 


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Publicado por Clementine às 13:24
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Domingo, 25 de Maio de 2008
Solitário do Hotel Majestic

 

 

“Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu…
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor..."

 

 

"Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita…A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos."

 

 

Mario Quintana

 

 

 

 

 

 

My mood today:

 

 

 

Feeling like no home

 

 


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Publicado por Clementine às 05:26
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Quarta-feira, 21 de Maio de 2008
Panorama Além…Cecília Meireles

Não sei que tempo faz, nem se é noite ou se é dia.
Não sinto onde é que estou, nem se estou. Não sei nada.
Nem ódio, nem amor. Tédio? Melancolia.
- Existência parada. Existência acabada.

Nem se pode saber do que outrora existia.
A cegueira no olhar. Toda a noite calada
no ouvido. Presa a voz. Gesto vão. Boca fria.
A alma, um deserto branco: - o luar triste na geada…

Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.

Tudo opaco…E sem luz...E sem treva…O ar absorto…Tudo em paz…Tudo só…

Tudo irreal… Tudo morto…
Por que foi que eu morri? Quando foi que eu morri?                   


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Publicado por Clementine às 04:04
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...

......

.....

.....

"Vc pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso tb esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos."

 .........                           

;;;;

                                                            ;;;;;;;;

Charles Bukowski
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;;;;;;;;

 


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Publicado por Clementine às 01:53
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Quinta-feira, 24 de Abril de 2008
Vaidade **Florbela Espanca**

Vaidade

Florbela Espanca

Sonho que sou a Poetisa eleita,
Aquela que diz tudo e tudo sabe,
Que tem a inspiração pura e perfeita,
Que reúne num verso a imensidade!

Sonho que um verso meu tem claridade
Para encher todo o mundo! E que deleita
Mesmo aqueles que morrem de saudade!
Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!

Sonho que sou Alguém cá neste mundo...
Aquela de saber vasto e profundo,
Aos pés de quem a terra anda curvada!

E quando mais no céu eu vou sonhando,
E quando mais no alto ando voando,
Acordo do meu sonho...

E não sou nada!...

...:

Publicado por Clementine às 21:00
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Domingo, 24 de Fevereiro de 2008
...

 

 

 

 

“Tristeza é quando chove
quando está calor demais
quando o corpo dói
e os olhos pesam
tristeza é quando se dorme pouco
quando a voz sai fraca
quando as palavras cessam
e o corpo desobedece
tristeza é quando não se acha graça
quando não se sente fome
quando qualquer bobagem
nos faz chorar
tristeza é quando parece
que não vai acabar "

**Marth Medeiros**


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No Play: A Fine Franzy - Almost lover

Publicado por Clementine às 19:00
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Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008
**Lisbon Revisited**

"Nada me prende a nada.  
Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo.  
Anseio com uma angústia de fome de carne  
O que não sei que seja -  
Definidamente pelo indefinido…  
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto  
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.  

Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.  
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.  
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.  

Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.  
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.  
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.  
Até a vida só desejada me farta - até essa vida…  

Compreendo a intervalos desconexos;  
Escrevo por lapsos de cansaço;  
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.  
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;  
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;  
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.  

Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma…  
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,  
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa  
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),  
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas  
Onde supus o meu ser,  
Fogem desmantelados, últimos restos  
Da ilusão final,  
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,  
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.   "

 

...  Álvaro de Campos  ...


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Publicado por Clementine às 13:48
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Domingo, 10 de Fevereiro de 2008
O MAPA

 

 

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta
moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Livro : Apontamentos de História Sobrenatural

Mario Quintana


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Publicado por Clementine às 14:05
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Terça-feira, 5 de Fevereiro de 2008
..::Eu::..


Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada... a dolorida...

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!...

Sou aquela que passa e ninguém vê...
Sou a que chamam triste sem o ser...
Sou a que chora sem saber porquê...

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

...**Florbela Espanca**...


No Play: Hope Theres Someone - Antony and The Johnsons
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Publicado por Clementine às 18:58
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